JERÔNIMO AMÉRICO
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara - Deputado Estadual 1892
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara –Presidente (1892 Mesa da Assembleia
Legislativa -Constituinte e Legislativa ordinária)
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara –Presidente (1893 Mesa da Assembleia
Legislativa)
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara – Presidente (1894 Mesa da Assembleia
Legislativa)
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara-Presidente da Assembleia de 1892 –1896
(Período Republicano de 1930 a 1891)
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Jerônimo Américo Raposo da Câmara – Governador no período de 10 de março de
1890 a 22 de fevereiro de 1892
Jerônimo
Américo Raposo da Câmara nasceu em Natal no dia 14 de novembro de 1843, filho
de José Lucas Soares Raposo da Câmara e de Maria Leonor Raposo da Câmara.
Recebeu o
diploma de bacharel na Faculdade de Direito do Recife em 1868. De volta ao Rio
Grande do Norte, em 1869 foi nomeado promotor público em Mossoró e depois em
Açu, e em 1870 foi eleito deputado provincial pelo Partido Conservador. Em 1871
foi transferido para a comarca de Maioridade, que incluía os municípios de
Imperatriz, Pau dos Ferros e Porto Alegre, sendo nomeado juiz municipal e de
órfãos de Imperatriz e, a partir de 1874, de Pau dos Ferros. Foi mais uma vez
transferido, agora como juiz de direito, para a nova comarca de Trairi, hoje
Nova Cruz, em 1881. Exerceu as funções de chefe de Polícia em 1886 e 1888, e
nesse último ano foi enviado para São José de Mipibu.
Proclamada a República em 15 de novembro de
1889, quando Antônio Basílio Ribeiro Dantas, último presidente da província,
chamou Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, líder do Partido Republicano, para
assumir e organizar o primeiro governo sob o novo regime, Jerônimo Câmara foi
mais uma vez nomeado chefe de Polícia. Dezenove dias depois, quando o governo
provisório da República substituiu Pedro Velho por Adolfo Afonso da Silva
Gordo, foi mantido no cargo. Quando Adolfo Gordo foi afastado do governo em 8
de fevereiro de 1890, por interferência direta de Pedro Velho junto a Aristides
da Silveira Lobo, ministro do Interior, assumiu o governo do estado até a posse
de Joaquim Xavier da Silveira Júnior, em 10 de março. Este, por sua vez, seria
substituído por Pedro Velho em 19 de setembro seguinte. Uma série de
governantes se sucederia, até que Pedro Velho e José Bernardo de Medeiros
depuseram o governador Miguel Castro, em 28 de novembro de 1891, e em seu lugar
instalaram uma junta governativa.
Eleito
deputado estadual pelo Partido Republicano e escolhido presidente do Congresso
estadual, em 22 de fevereiro 1892 Jerônimo Câmara recebeu o governo do estado
da junta governativa e no dia 28 de fevereiro transferiu-o para Pedro Velho,
que fora eleito governador também pelo Congresso estadual. Durante o governo de
Pedro Velho, que se estenderia até 25 de março de 1896, assumiria três vezes
interinamente o governo do estado, evitando a posse do vice-governador Silvino
Bezerra, então na oposição a Pedro Velho.
Ainda em 1892 foi nomeado desembargador do
Superior Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, órgão que presidiu até
1898, quando o então governador Joaquim Ferreira Chaves Filho, com o apoio de
Pedro Velho, aposentou-o por decreto junto com outros quatro desembargadores e
cinco juízes, nomeando para o lugar destes parentes e outros aliados políticos.
Tal ato foi motivado pela fundação, em 1897, do Partido Republicano
Constitucional, de oposição a Pedro Velho, presidido por Jerônimo Câmara.
Embora tivesse recorrido ao Supremo Tribunal Federal, Jerônimo Câmara apenas
conseguiu garantir o direito aos vencimentos e atrasados, sendo mantido o seu
afastamento.
Faleceu
em Natal em 26 de novembro de 1920.
Casado com Mariana Elisa Raposo da
Câmara, teve sete filhos. Um deles, José Lucas Raposo da Câmara, foi membro do
Superior Tribunal do Amazonas. Renato Amado Peixoto
FONTES: BUENO, A. Visões; CASCUDO, L.
História; NONATO, R. Bacharéis; SOUZA, I.República